O vexame e a tristeza
Estamos assistindo no campeonato brasileiro de cavalos novos uma série de abusos,
especialmente aos cavalos de 4 anos que são um vexame!
Muitos dos cavalos que se apresentam nessa categoria, mostram um salto artificial e
vê‐se claramente que estão barrados . É lamentável que proprietários , cavaleiros e dirigentes
e juízes convivam e aceitem uma situação como essa.
O pior é que vemos cavaleiros e haras de renome com essa prática, que deixou de ser
uma coisa errada que alguns faziam escondidos, para tornar‐se uma prática de muitos.
E que a garotada , que pode achar este texto irrelevante , esteja apreendendo
estas barbaridades ao invés de dedicar‐se a arte da equitação e ao amor aos cavalos .
Me surpreende que esses cavaleiros e proprietários acreditem que terão melhores
pontuações com os juízes através destes artifícios . Um cavalo que não salta com naturalidade
é percebido com muita obviedade, e achar que os juízes não vão notar que os cavalos estão
barrados é ofender a inteligência dos juízes ( e do publico ) . Em minha opinião, cavalos
artificializados devem ter forte penalização na notas dos juízes.
O afã de ganhar a qualquer custo, tem sido uma das grandes barreiras para o hipismo
brasileiro, impedindo a construção de cavalos importantes. Ao invés de permitir que o cavalo
tenha infância e adolescência, estamos vendo a prática de gente que quer performance de
cavalos maduros em potros, que certamente chegarão aos 7 ou 8 anos no final de sua carreia ,
quando deveriam estar iniciando o estágio mais avançado de seu desenvolvimento, e isto
realmente é um vexame e depõe contra o hipismo brasileiro como um todo e nossos valores.
A tristeza é advinda do fato de haver uma grande tolerância com essas práticas
criminosas e também o fato que estarmos educando mal não só nossos jovens animais, como
também nossos jovens cavaleiros. Creio que devemos exigir uma forte desaprovação por
parte da comunidade hípica na pessoa dos cavaleiros, proprietários e dirigentes que acreditam
que essa prática é inaceitável !
Precisamos nos ater a fundamentos saudáveis . Sem isto não deixaremos uma vocação
de terceiro mundo que estas praticas representam e atingir o pleno potencial do
hipismo brasileiro .
Por um hipismo mais saudável !
Carlos Gerdau Johannpeter
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Carta de Caco Johannpeter à comunidade hípica
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Um comentário:
Hipismo saudável ilustres cavaleiros, só com o dressur alemão, como dizem o OTTO BECKER e o LUDGER BEERBAUM, sem a ótima técnica do dressage alemão, praticado pela antiga Escola de Hanover, nada feito, ajudas suaves e imperceptíveis, capazes de levar qualquer cavalo a um perfeito rassembler e ramener, sinônimo de equilíbrio, descontração do dorso e da nuca, perfeito engajamento dos posteriores na zona de salto, ótima impulsão, sem excitação;já notaram como o excelente cavaleiro ( técnica) Rodrigo Pessoa usa o knieschluss e as meias paradas alemãs de forma a adaptar o cavalo ao salto do obstáculo ? Fora do adestramento alemão...não há salvação! O CAVALO UNE AS PESSOAS DE BEM, e afasta os mal intencionados...
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