terça-feira, 9 de setembro de 2008

Bronze no Hipismo Paraequestre


O Brasil subiu no pódio no hipismo nas Paraolimpíadas 2008. O cavaleiro brasiliense Marcos Fernandes, o Joca, ganhou a medalha de bronze na disputa individual no Adestramento Paraeqüestre - grau Ib, no complexo eqüestre Shatin no Jockey Club de Hong Kong, que também foi sede das modalidades hípicas na Olimpíada.
Formando conjunto com Lutheney, o brasileiro garantiu a terceira melhor nota, com a média de 67.714%. O campeão foi o conjunto da Grã Bretanha Lee Pearson / Gentlemen, 73.278%. Completando o pódio, a medalha de prata ficou com a Noruega, representada por Jens Dokkan / Lacour, 68.857%.

O cavaleiro brasileiro Davi Salazaar e Neho terminaram na 14ª colocação com a média de 56. 952%, na categoria Ib. No grau Ia, o brasileiro Sérgio Froés e Neho ficaram em 8º lugar, 60.900%. A vencedora foi Anne Dunham / Teddy, da Grã Bretanha, 73.100%.


Joca foi o único representante brasileiro no hipismo nas Paraolimpíadas de Atenas 2004. A montaria Lutheney foi presente do medalhista olímpico de bronze por equipe em Atlanta 96 e Sydney 2000, Doda Miranda. Somente ele disputou as Paraolimpíadas de 2008 com o seu próprio animal, o restante da delegação brasileira competiu com montarias alugadas.
“É uma satisfação muito grande representar o Brasil pela segunda vez em um evento tão importante como este. A experiência em Atenas foi muito boa, cheguei em Hong Kong com mais bagagem. Estou muito feliz por ter conseguido esta medalha”, comemorou Joca.


Joca era cavaleiro profissional que retornou ao esportes eqüestres depois de uma queda de um cavalo em 1986 que o deixou paraplégico. Na coletiva de imprensa em Hongkong, o brasiliense - que continuou ganhando a vida ensinando jovens talentos no salto - expressou sua gratidão ao Comitê Paraolimpico Brasileiro e CBH pelo apoio e envio de um primeira equipe brasileira completa aos Jogos Paraolímpicos. E, é claro, é motivo de orgulho para toda a comunidade hípica brasileira e companheiros no esporte.
"É com orgulho e alegria que recebi o resultado do Joca ,parceiro de tantas equipes e competições juntos na ocasião em que viemos de Brasília e competimos pela equipe Cepel, por intermédio do dr. Marcos Valle Mendes. O Joca participou de todos os principais concursos do Brasil e Sulamericanos e mesmo depois de um acidente de percurso seguiu no esporte emprestando sua sabedoria eqüestre, experiência e o mais importante: um exemplo como atleta e cidadão", declarou, emocionado, o cavaleiro olímpico Vitor Teixeira.
Essa foi a primeira medalha para o Brasil e a América do Sul nos esportes paraqüestres na Paraolimpíada. O cavaleiro Sérgio Froés compete no grau Ia, Marcos Fernandes e Davi Salazaar estão no grau Ib e a amazona Elisa Melaranci no grau II. O esporte hípico Paraeqüestre iniciou-se no Brasil em 2004, ano em que Joca representou o Brasil nas Paraolimpíadas de Atenas.
A competição acontece em cinco graus: Ia, Ib, II, III e IV e os atletas participam do nível de acordo com sua classificação física, definida em uma avaliação com um fisioterapeuta ou médico credenciados pela CBH e FEI. No grau Ib a reprise é executada ao passo e ao trote, no grau II a passo e trote, porém com um nível maior de dificuldade. No Grau III a passo, trote e galope e grau IV a passo, trote e galope em movimentos mais elaborados.

Um comentário:

JOÃO MONTARROYOS disse...

Quero cumprimentar o cavaleiro JOCA pela medalha conquistada...é o dressage uma fonte de felicidade, quando bem praticado...ofereço ao mesmo em sua homenagem, um curso básico completo de equitação clássica com ajudas alemãs, as melhores do mundo equestre...felicidades e muita saúde, para continuar buscando sempre melhorar no adestramento, para conquistar a medalha de ouro...abração.