sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Enduro brasileiro proibido de participar do Mundial

O enduro brasileiro recebeu na tarde desta quinta-feira uma notícia nada agradável para o esporte: a impossibilidade de participação dos conjuntos brasileiros no Campeonato Mundial da Malásia 2008.
Foi com pesar que o Diretor de Enduro Eqüestre da Confederação Brasileira de Hipismo, Olavo Maciel, divulgou a notícia cancelando definitivamente a ida dos brasileiros para Malásia.
Muitas foram às esperanças e expectativas de bons resultados neste Mundial. Grande também era o favoritismo que o Brasil apresentava perante os outros concorrentes, e isso, segundo declarações estrangeiras.
Nunca, o Brasil participou de um Mundial com uma equipe tão completa, tão profissional, tão capaz! Podendo contar, ainda, com conjuntos reserva, também excepcionais.Seria realmente uma participação marcante. Mesmo que o Brasil não garantisse uma medalha sequer, certamente daria muito trabalho aos conjuntos participantes e nas trilhas da tropical Malásia.
Mas foi uma doença chamada Mormo, da Resolução SAA 44, divulgada no dia 08 de Setembro de 2008, que levou o Brasil a passar por todas as dificuldades de transporte dos cavalos brasileiros, uma vez que fica proibida a entrada e saída de animais do país por seis meses.
Todos os esforços foram feitos, todas as possibilidades esgotadas e mesmo a derradeira opção de fazer viagem pela Argentina foi em vão, já que não haveria tempo ideal para isso.
Ficam agora as metas focadas para os Jogos Eqüestres de Kentucky em 2010, nos Estados Unidos. Que o Brasil possa brilhar e mostrar todo o seu potencial em Kentucky no dia 26 de Setembro, já que para este mundial da Malásia ficou com frustação de ser vetado.

Acompanhe as palavras finais de Silvio Cesarino, Técnico da Equipe Brasileira:
O que impossibilitou a ida dos Cavalos Brasileiros para Malásia? Quais foram às dificuldades?

A principal barreira foi o MORMO e a segunda foi a logística, já que União Européia proibiu a passagem de cavalos brasileiros por lá saindo de SP. E só há vôos para cavalos saindo de São Paulo para a UE.

A ida pelos EUA foi cancelada quando vocês tiveram uma confirmação da Europa para passar com os cavalos por lá, correto? Porque a Europa voltou atrás na decisão?

A passagem pelos EUA sacrificaria muito os cavalos, uma vez que eles teriam que ficar 7 dias em quarentena, em Los Angeles, “incomunicáveis” para os peões Brasileiros e em baias minúsculas. A Europa resolveu, então, que se os cavalos saíssem do Rio de Janeiro poderiam passar por lá. Contratamos então um vôo do Rio de Janeiro para São Paulo e de SP para EU. Depois de muita luta, a EU não autorizou este percurso já que o mesmo passava por São Paulo.

Qual a diferença de situação dos cavalos de enduro saírem para ida à Malásia e os cavalos do evento da Athina Onassis?

Oficialmente é que eles fizeram na Hípica Paulista uma quarentena, e neste local não haveria contato físico entre os cavalos Europeus e os Brasileiros, mas em minha opinião o interesse financeiro também foi importante.

Qual sua palavra final da não participação dos brasileiros no Mundial?

Desculpo-me com todos os enduristas. Nossa equipe é realmente muito forte, o que nos causa ainda mais frustração. Mas tenho a consciência tranqüila de que lutamos, juntamente com o Cassiano, Olavo, Henrique e Gerson.A última tentativa foi irmos pela Argentina, mas a FEI (Federação Eqüestre Internacional) nos desencorajou, já que não haveria mais tempo. Enfim, acho que os concorrentes devem estar festejando com esta notícia....

Fonte: Endurance Brasil

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