“Sabe quantos talentos agente perde por falta de atenção ?” Li esta frase em uma camiseta, certamente esta mensagem deveria levar o leitor pensar em algo muito diferente do que pensei, mas alguém já se deu conta da quantidade de cavalos e cavaleiros que nosso esporte perde simplesmente por falta de atenção, ou melhor, por falta de conhecimento?
Infelizmente, praticar hipismo não é simplesmente sentar-se sob o dorso de um cavalo e colocá-lo frente ao obstáculo para que salte. Há um conjunto de conhecimentos básicos imprescindíveis , sem os quais o cavaleiro não poderá sequer iniciar a prática de hipismo, se não souber, ele certamente estará praticando um outro esporte, não hipismo. Estes conhecimentos têm sido negligenciados pela grande maioria dos instrutores que se dedicam à formação de jovens cavaleiros, na maioria das vezes por não saberem, por nunca terem sido adequadamente treinados para esta função, outras, sucumbem a pressão dos pais dos cavaleiros e atropelam o processo de aprendizado, muitos pais querem ver seus filhos competindo e ganhando, mas não permitem que instrutor realize o processo no tempo certo.
Num esporte onde a comunicação entre a “equipe” não é verbal, cada detalhe faz muita diferença. O cavalo aprende a “ouvir” nossos movimentos, interpretá-los e acatá-los. Portanto, temos que saber o que e porque estamos fazendo e o como queremos que o cavalo execute.
Sentar-se na sela com equilíbrio, atrapalhar o menos possível a naturalidade de movimentos do animal, entender o mecanismo do salto do cavalo e até seu campo de visão, são alguns dos aprendizados básicos que o praticante de salto deve saber.
É absolutamente flagrante a diferença entre um cavaleiro que sabe e entende os porquês do que faz sob um cavalo e aquele que simplesmente foi jogado sob a sela e mira os obstáculos sem a mínima noção do esporte. Este segundo grupo, a princípio se diverte mais e tem mais resultados porém o risco de sofrer um acidente é muito maior e, muito rapidamente tudo muda, sente-se perdido, sem entender porque num dia seu cavalo saltava e ganhava e no outro simplesmente se recusa.
O pior, é que quando chega neste ponto, toda a ira e frustração são descarregadas no pobre cavalo, que não pode se defender. Mas logo aparece um dos gênios de plantão que vai certamente dar a solução para o problema : “Este cavalo não presta, você tem que comprar um melhor”. E lá vai o incauto atrás de um cavalo caro que pensa irá resolver seu problema. Como se fosse um carro, o cidadão acha que comprando o melhor estará se habilitando ao sucesso, a vitória. Mas, após algum tempo o bom e caro animal também vai começar a ter problemas com seu cavaleiro, não vai entender as ordens desconcertadas e voltará o sentimento de frustração, de fracasso.
Pois bem, neste ponto alguns desistem, outros seguem gastando cada vez mais dinheiro trocando freqüentemente de cavalo. Veja quantos talentos perdemos nesta trajetória, ex-cavaleiros decepcionados e frustrados e cavalos traumatizados irrecuperáveis.
É preciso criar a consciência de que aprender, com método, com pessoas capazes, minimizando riscos de acidentes é a única maneira de se chegar ao hipismo, nas outras situações o que se aprende é outro esporte, bem longe da equitação.
Infelizmente, praticar hipismo não é simplesmente sentar-se sob o dorso de um cavalo e colocá-lo frente ao obstáculo para que salte. Há um conjunto de conhecimentos básicos imprescindíveis , sem os quais o cavaleiro não poderá sequer iniciar a prática de hipismo, se não souber, ele certamente estará praticando um outro esporte, não hipismo. Estes conhecimentos têm sido negligenciados pela grande maioria dos instrutores que se dedicam à formação de jovens cavaleiros, na maioria das vezes por não saberem, por nunca terem sido adequadamente treinados para esta função, outras, sucumbem a pressão dos pais dos cavaleiros e atropelam o processo de aprendizado, muitos pais querem ver seus filhos competindo e ganhando, mas não permitem que instrutor realize o processo no tempo certo.
Num esporte onde a comunicação entre a “equipe” não é verbal, cada detalhe faz muita diferença. O cavalo aprende a “ouvir” nossos movimentos, interpretá-los e acatá-los. Portanto, temos que saber o que e porque estamos fazendo e o como queremos que o cavalo execute.
Sentar-se na sela com equilíbrio, atrapalhar o menos possível a naturalidade de movimentos do animal, entender o mecanismo do salto do cavalo e até seu campo de visão, são alguns dos aprendizados básicos que o praticante de salto deve saber.
É absolutamente flagrante a diferença entre um cavaleiro que sabe e entende os porquês do que faz sob um cavalo e aquele que simplesmente foi jogado sob a sela e mira os obstáculos sem a mínima noção do esporte. Este segundo grupo, a princípio se diverte mais e tem mais resultados porém o risco de sofrer um acidente é muito maior e, muito rapidamente tudo muda, sente-se perdido, sem entender porque num dia seu cavalo saltava e ganhava e no outro simplesmente se recusa.
O pior, é que quando chega neste ponto, toda a ira e frustração são descarregadas no pobre cavalo, que não pode se defender. Mas logo aparece um dos gênios de plantão que vai certamente dar a solução para o problema : “Este cavalo não presta, você tem que comprar um melhor”. E lá vai o incauto atrás de um cavalo caro que pensa irá resolver seu problema. Como se fosse um carro, o cidadão acha que comprando o melhor estará se habilitando ao sucesso, a vitória. Mas, após algum tempo o bom e caro animal também vai começar a ter problemas com seu cavaleiro, não vai entender as ordens desconcertadas e voltará o sentimento de frustração, de fracasso.
Pois bem, neste ponto alguns desistem, outros seguem gastando cada vez mais dinheiro trocando freqüentemente de cavalo. Veja quantos talentos perdemos nesta trajetória, ex-cavaleiros decepcionados e frustrados e cavalos traumatizados irrecuperáveis.
É preciso criar a consciência de que aprender, com método, com pessoas capazes, minimizando riscos de acidentes é a única maneira de se chegar ao hipismo, nas outras situações o que se aprende é outro esporte, bem longe da equitação.
Texto de Ivan Camargo